quinta-feira, abril 15, 2010

Poemas e lamúrias

Teste, teste, teste

quarta-feira, março 31, 2010

A minha dor tem poros onde transpira poesia

quarta-feira, março 24, 2010

Que triste! Hoje teus olhos parecem uma segunda-feira.

segunda-feira, março 08, 2010

Bluebird

there's a bluebird in my heart that, wants to get out
but I'm too tough for him

I say, stay in there, I'm not going
to let anybody see you

there's a bluebird in my heart that, wants to get out,

but I pur whiskey on him and inhale cigarette smoke
and the whores and the bartenders and the grocery clerks
never know that he's in there

there's a bluebird in my heart that, wants to get out
but I'm too tough for him

I say, stay down, do you want to mess me up?
you want to screw up the works?
you want to blow my book sales in Europe?

here's a bluebird in my heart that, wants to get out

but I'm too clever,
I only let him out at night sometimes
when everybody's asleep

I say, I know that you're there, so don't be sad.
then I put him back, but he's singing a little in there
I haven't quite let him die.

and we sleep together like that
with our secret pact
and it's nice enough to make a man weep

But I don't weep, do you?

Bukowski

segunda-feira, janeiro 25, 2010

Gosto quando me olhas

Gosto quando me olhas,
E a noite sobressai da penumbra dos meus cantos
E feito gélidos galhos secos
Tornam-se minhas mãos absortas.

Gosto quando me olhas,
E eu tenho essa certeza que te amo
E sinto que te desejo feito prisioneiro fugitivo
de ordens tradicionais à liberdade.

Gosto quando me olhas,
Um estrondo em meu peito
Não mais que de repente
Eu vejo os céus se abrirem

E o mar cantar na amplidão dos teus olhos
Chuva de cílios florescerem
E miríades de estrelas fulgem do teu rosto
É quando o amor me adota.

Gosto quando me olhas,
Mesmo que eu me sinta inválido,
Mesmo que eu me consuma em anseios,
Mesmo que eu me sinta toda vez
Um nauta perdido na sombra portuária.

Gosto quando me olhas
Porque minha boca fica morta
Esvaeço em peculiar sede
E então de contra ao contraponto
Meus ouvidos se encantam em teus instantes.

E uma sensação de alma roubada
Toma-me sorrateiramente,
Carregando-me para uma porta de anseios
Numa forte sinestesia incalculável.

Gosto quando me olhas,
E o meu mundo inteiro sucumbe aos teus pés
Minha mente, minha força, meu destino...
Sentenças de que me perco na razão do coração.

Teu olhar há de ainda me deixar marcas.

Gosto quando me olhas:
São duas ternas barcarolas
Com dois imensos círios tácitos
Que incendeiam o pretume da minha noite.

Gosto quando me olhas,
E estas flechas incandescentes
De pontas ardis mortifica o meu peito
enveredado por teu mistério perfume.

Gosto quando me olhas,
Porque fico a calcular
Quanto tempo levaria minha boca
Para selar a tua.

Mulher de mãos de labirinto,
É quando me olhas
Que me refugio nestes olhos
Intrépidos e cheios de mistérios.

Eu amo quando me olhas,
Porque teu é o meu nome.

Gosto tanto disso: Quando olhas.
Olhas, olhas, olhas..., penso tanto.
E no silêncio não sei o que pensas
Faz-me compulsivamente forçar.

Gosto tanto, tanto quando me olhas
Aproveito o teu em meu olhar
A glória nasce em minha boca
E uma cantata mira os olhos teus.

Gosto tanto quando me olhas,
Mesmo que eu desabe por dentro
E enfim antes que as cortinas do teu rosto se fechem
Eu possa escrever o que poderá te manter calada.

quinta-feira, novembro 05, 2009

A tristeza é um muro entre dois jardins.

segunda-feira, outubro 19, 2009

Poeminha chatinho

Passo passo passo,
Ando penso passo vago
Ando passo cada calço
Passa falso passo largo.

Passo repasso passo traço
Passo passo confiro compasso
Passo passo refiro enfado passo
Vou contínuo pesado passo.

Tanto passo, tanto passo, aço
Metal cozido, traspasso,
Tanto passo, tanto vago passo, tanto faço.

Escasso passo passo a passo, Nasço
Tanto passo tanto faço tanto traço, refaço,
Ando passo penso o passo... Transato!

Passo em passo refugo o passo
Pulo o traço translado o passo
Passo tanto passo passo, ralasso
Não passo passo, deslasso
À parte o passo. Repasso, lembro o Lácio.

Passo eu passo, passo eu crasso
Passo passo ardil... Laço!
Paço passo, Paço o traço
Passo pago passa o Paço

Tantos passos, tantos traços...
Tanto passo, tanto canso,
Tanto passo, não alcanço,

Passo tantas vezes. Tu vês?

Vou passado, fora ao tempo, acorçoado,
alheado...

E o teu amor, o fervor dos meus sonhos,
Deixa-me ir embora...
Neste rio selvagem dessa estranha vida,
Debatendo-me em estranhos passos.