sexta-feira, fevereiro 20, 2009

Do inacessível - Parte II

Amo-te a cada dia, sete vezes mais quanto se expande,
Amo-te a cada suspiro que envolve a tua boca,
Amo-te como as montanhas ao crepúsculo,
Amo-te como no corpo, as veias ao sangue.

Amo-te amor, como as pedras ao cursivo rio,
Amo-te mais do que o sol ama a lua,
Amo-te com cada partícula, cada átomo desesperado,
Com cada molécula, que sussurra o teu nome.

Amo-te tanto, amor, que contá-lo eu não poderia,
Assim como as folhas das árvores somam-se,
São tantas, são intimas, caem do outono em selvageria.

Mas se assim, tanto e tanto eu vivo a te amar,
E este ser dentro de mim inspira tanta poesia,
Ao certo não sei se te amar e continuar a viver eu suportaria.

terça-feira, fevereiro 17, 2009

Do inacessível - Parte I

Amo-te tanto amor, que nem sei quanto;
Amo-te com íntima alegria suntuosa e breve,
Amo-te neste real valor que não se mede ou se escreve,
Sente-se apenas, em suspiros, desespero e pranto.

Amo-te como as estrelas que pintam a noite adorável,
Amo-te assim, como a pele ao perfume,
Amo-te numa mania desejosa, fiável costume,
Veementemente te amo, em um sacerdócio indubitável.

Amo-te tanto, que chego a exalar tua forte presença,
Amo-te sem restrições, à parte de todo o mundo,
Amo-te com pressa, tenho fome de ti a cada segundo.

Amo-te derramado em conta-gotas todo o meu ser,
Amo-te tanto amor, que pela grandeza deste que me sujeito,
Seria de bom senso não guardá-lo dentro do peito.